Beto Santos é alma e coração em relação às pranchas que fabrica.
Desde a época que criou a Cristal Grafite, seus designs e linhas modernas têm ajudado na formação de promissores talentos e têm feito a “cabeça” de muitos surfistas.
Suas pranchas mágicas voaram nos pés de talentosos surfistas, que fizeram nome e marcaram época. Cauli Rodrigues, Pedro Muller, Ricardo Tatuí, Nelson Ferreira, Roberto "Casquinha", Fernando "Bolha", Dedé Farah, Alex Guaraná são alguns dentre os milhares que dividiram com Beto a satisfação de produzir uma boa prancha.
A história por trás da marca
No início de sua carreira shapers como Henrich Schulemburg, Heitor Fernandez e Dick Brewer foram seus incentivadores. Como pano de fundo para seu desenvolvimento técnico e profissional estão as muitas viagens internacionais para lugares como Califórnia, Hawaii, Europa e Indonésia. Nas esquerdas de G-land e Uluwatu como pista de teste para seus modelos, ajudando-o a melhor compreender como realmente deve funcionar o fundo de uma prancha. Sempre antenado com as novas tendências e bastante criativo, Beto Santos inicia uma nova fase com sua marca EO, investigando novas curvas e preocupado em trazer mais projeção e maleabilidade ao fundo das pranchas, colocando a disposição dos competidores e freesurfers sua longa experiência adquirida em mais de 38 anos como shaper.
Por quê EO?
Esta é a lua Io, a maior lua de Jupiter.
O nome Io inspirou o surgimento da marca EO Surfboards que hoje figura nas pranchas Beto Santos. O logo reune toda a experiência em mais de trinta anos de desenvolvimento em design de pranchas. Quando você segura uma Beto Santos EO Surfboards na mão, está segurando uma história de muito surf e anos de dedicação na sala de shape.
História de Beto Santos
No início da década de 80 Beto Santos modificou a forma de suas pranchas, junto com o designer Andre Cotrim, revolucionando o design das pranchas mundialmente. Ambos buscavam melhorar a performance quando as 3 quilhas apareceram no mercado introduzidas pelo australiano Simon Anderson. Naquela época as pranchas tinham o deck muito reto endurecendo os "turns" o que dificultava a performance. Beto aumentou a curvatura do bloco e com isso conseguiu aperfeiçoar o shape do bico e da rabeta de suas pranchas que ficaram mais radicais, soltas e velozes. Durante o campeonato de Saquarema em 1984, Picuruta Salazar, pediu para usar uma de suas pranchas na final do campeonato e acabou vencendo. Foram muitos testes, até que Cauli Rodrigues em 1985, top surfer, descobriu Beto na casa do amigo Guilherme Valle. A partir daí Beto não parou mais de evoluir, auxiliado pela técnica e exigência de Cauli.
No ano seguinte (1986) em viagem para Austrália, Cauli conta que, shapers ficaram impressionados com a modernidade do design. Em 1987 no Hawaii acompanhando o shaper Henrich Schulemburg, foram a casa de Bill Barneifild (na época master dos designs) que olhou as pranchas no rack e ficou admirado com o rocker do bico e perguntou quem havia shapeado aquelas pranchas, prontamente Henrich apontou para Beto que sentado no banco de trás acenou. Bill o chamou para sala de shape e conversaram longamente sobre o design, no intuito de compreender como havia chegado aquela forma. Foi uma conversa de sonho, Beto Santos ainda jovem diante de um monstro do design como Bill Barneifild, teve então a oportunidade de explicar o seu conceito a Bill. Na temporada seguinte, mais precisamente 1988, os blocos da CLARK FOAM, shapeados por Bil Barneifild, mudaram de forma e assim mudou-se o rumo dos designs.